De todas as paradas do mundo é um livro que reúne sete contos interligados sobre mulheres que vão a parada LGBTQIAP+ de São Paulo. Um livro com representatividade do começo ao fim. Desde as autoras, as protagonistas, assim como o projeto todo. Achei muito legal elas terem tido esse cuidado.
Os contos possuem um momento ápice que é o show da banda RebuMinas, que se apresenta na parada. Então todas as histórias se desenvolvem para a chegada dessas mulheres no trio elétrico. Acho que o que eu mais gostei no livro foi essa banda. Eu fiquei ansiosa esperando por esse show a cada conto que eu lia. E mais animada ainda quando elas foram personagens mais ativas em alguns contos.
Em cada conto você vai sendo envolvido por essa sensação maravilhosa de celebrar a diversidade e as diversas formas de ser mulher. Tem personagem que sai de seu mundinho e se joga numa cidade grande, o que requer coragem. Se jogam também no amor, que precisa ainda mais de coragem. E de ser quem você é, aqui não basta a gente ter coragem, mas se sentir segura por onde for.
Eu li tudo em um dia, porque os contos são bem gostosinhos e fluidos, você pega o ritmo e não quer parar de ler. Um conto vai puxando o outro. Parabéns para as autoras.
Ficha técnica
Livro: De todas as paradas do mundo
Autoras: Brenda Zulp, Bruna Assis, Ingra Iribarne, Lethycia Dias, Lolline Huntar’z, Luana P. Jericó e Mirela Paes.
Formato: E-book
Páginas: 188
Disponível na loja Amazon
Sinopse:
Uma não-binária com ansiedade social. Uma mulher que se livrou de um namoro abusivo e acabou virando meme na internet. Uma maquiadora apaixonada pela chefe. Uma cabeleireira sem medo de se jogar em novas experiências. Uma produtora de eventos apaixonada por uma das integrantes das RebuMinas. Uma mãe solo que está viajando por diversão. Uma garota visitando um antigo amor em São Paulo.
Todas com personalidades diferentes e histórias de vidas marcantes. Todas com um objetivo em comum: assistir ao show das RebuMinas, uma banda brasileira de mulheres sáficas de tecnobrega e pop rock, que irá tocar na maior parada LGBTQIAP+ do mundo, a Parada de São Paulo.
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