O meu dia hoje foi agraciado com mais um conto lançado pela C.M. Rocha.
"Nos confins de Burgatar" conta a história de um cavaleiro chamado Andres.
Assim como todo cavaleiro, é honrado e justo. Ele é corajoso, ajuda as pessoas necessitadas e viaja por Burgatar para cumprir o juramento de cavaleiro.
Porém, adoro o esse momento do mas... Andres também é um homem. Tem vícios e desejos e, como um homem, está propenso ao erro e ao pecado.
Um dia ele encontra um homem e o salva. É inverno e esse homem se apresenta como um nobre.
Arthur de Vilafin é um duque que estava na floresta sozinho para caçar e acabou se machucando. Graças a ajuda do cavaleiro Andres, ele foi levado para sua mansão.
Em agradecimento, ele hospeda Andres em sua mansão e os dois passam a compartilhar momentos do dia a dia. Eles conversam, tornam-se amigos, e trocam segredos.
O duque de Vilafin gosta de criar acordos, e com o cavaleiro não foi diferente.
Ele sugere que os dois façam um acordo.
De tudo o que você ganhar, tanto lá fora quanto aqui dentro, você escolherá um gesto ou um objeto, e me dará, e farei o mesmo por você.
O cavaleiro aceita o acordo, ele também decide visitar a vila próxima e conhece uma bela mulher que se mostra muito interessada nele. O que passa pela cabeça de Andres é, se a mulher o beijar, ele vai retribuir o gesto no duque. Está entendendo onde isso vai chegar?
Só que ele não consegue beijar a mulher. Mas Arthur não sabe disso e o cavaleiro Andres acaba caindo em pecado, porque ele beija Arthur, como se estivesse cumprindo o acordo.
Tudo para não quebrar o voto de cavaleiro, mas quebrando.
Eu adorei o conto, é muito leve e divertido, mas mostra também um lado humano que nos toca sobre a mentira e o desejo. Além da descoberta de si mesmo. O cavaleiro Andres se questiona sobre sua vocação como cavaleiro, sobre seu futuro. E quem não se questiona, eu acho que vive acomodado.
Eu já estou com saudades desse conto, porque terminei de ler muito rápido. E meu protesto fica aqui, em querer mais.
Livro disponível no site da Amazon: Nos confins de Burgatar
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