O terceiro livro da saga Por Uldin, escrito pela autora C.M. Rocha. foi lançado no dia 1 de Junho. E é claro que eu não perdi tempo em ler a conclusão.
O livro em formato e-book está à venda no site da Amazon e também disponível para os assinantes do Kindle Unlimited.
O livro 3 começa exatamente onde parou o livro 2, em um momento que me deixou muito angustiada. Rieron, o rei de Akrobor se coloca na frente de Dae’thal para o salvar e está agora ferido. Phialas também está ferido e isso deixa Dae’thal ainda mais abalado. Infelizmente a magia não funciona com Rieron, ele é imune. Então Dae precisa esperar os médicos chegarem para retirar a espada fincada perto do coração do rei.
Com Rieron lutando pela vida, vemos um Dae’thal muito sensibilizado com a situação. Até mesmo o pai dele e o mestre notam a sua mudança. E é muito bom ver esse lado do Dae, porque, até então, vimos ele sempre muito sério e (quase) inabalável.
Eu comentei com a autora que A Jura do Rei parece que tem 3 livros em 1. Muitas coisas acontecem, mas elas não vêm atropeladas. São acontecimentos que vão evoluindo à medida que a história é contada.
Enquanto Rieron está desacordado, Kalir encara Othorion e oferece uma aliança para derrubar o seu pai, o rei dos elfos. E Kalir tem um motivo ainda maior para retornar a Filia, resgatar sua mãe.
Fae’lyn fica ao lado de Kalir, disposto a ajuda-lo a resgatar a rainha Eresla e unir os povos, humanos e elfos, para que Uldin possa tornar uma ilha pacifica novamente. É um sonho difícil, pois todos eles são muito diferentes, com costumes e culturas opostas. As relações entre os elfos de En'Sheid, os elfos de Filia e os humanos de Akrobor se mostram sempre intensas e cheias de disputas, levando um tempo para eles conseguirem conviver, pelo menos até que a aliança se torne mais sólida.
Quando Rieron desperta, Dae’thal ainda está abalado, principalmente porque ele teme o futuro ao lado do humano. Afinal, ele é um elfo que viverá muito mais do que o humano. Mesmo assim, Dae não consegue resistir ao forte sentimento de ficar ao lado de Rieron. Porém, a relação dos dois vai se tornando conflituosa, conforme a aliança é formada e Rieron toma algumas decisões pressionado, sem consultar Dae.
“Rieron, eu tenho medo do dia em que vou te ver pela última vez. Eu sei que pensa que sou forte e autossuficiente. Talvez eu seja, ou fui algum dia, mas não estou preparado para isso. E temo nunca estar...” (Dae'thal)
Kalir se vê diante de uma decisão difícil, onde todos desejam matar o pai dele, o rei de Filia. Mesmo que Tharee tenha sido um pai ruim, Kalir é um elfo muito bom e tenta persuadir a todos que o pai deveria ser preso, em vez de morrer. Contudo, ainda há mais um detalhe que o Hel de Filía não sabia, e é informado a ele naquele momento. Quem envenenou sua mãe, na verdade, foi o próprio Tharee. Isso foi tudo um plano dele para que Kalir fosse incentivado a ir em busca da água dos lagos, e fosse capturado por Othorion. Kalir fica arrasado, eu sinto tanto por ele, porque ele é um elfo que passou os últimos 200 anos sofrendo por causa da peste do pai dele.
Com essa novidade em mãos, agora a aliança terá mais um possível aliado. O veneno que quase matou a rainha Eresla, até então, fora dado por Grukha, o rei dos anões. Ao descobrir a verdade, eles decidem entrar em contato com Maharia, para fortificar a aliança contra Tharee.
Com a chegada dos anões, o livro toma ares completamente novos. Temos muitas coisas acontecendo, e muito sentimento pesado no ar. Os anões são inimigos dos humanos e vai ser difícil fazer Rieron e Grukha se darem bem, afinal de contas, ele matou o príncipe anão em batalha. Além disso, ainda tem a princesa Danur, que é ainda mais cabeça dura que o pai. Ela com certeza nunca vai perdoar Rieron, por outro lado, ela sabe que uma Ilha pacificada será melhor para o futuro de seu reino.
“Seu semblante parece de alguém mais sábio e cansado, mas não tem uma maldita ruga sequer, enquanto minhas bolas parecem duas ameixas secas!” (Grukha)
Um dos momentos que me deixou mais sensível foi quando Fae’lyn se recorda do passado. Ele está chegando em Filia, para o confronto final, e começa a se lembrar do dia em que Kalir nasceu, o mesmo dia em que Ha’el (a mãe de Dae’thal) morreu.
Além da Hael, também conhecemos um pouco mais da Aekael. E essas lembranças torna a leitura ainda mais sensível e triste para o leitor.
“Se eu pudesse voltar ao tempo, ainda sabendo que a perderia e não pudesse evitar, escolheria estar ao lado de Ha’el da mesma forma, mas a manteria mais perto. O meu coração se quebrou quando ela partiu, e sinto a falta dela todos os dias, mas esta dor é o nosso amor, então eu não a desprezo...” (Othorion)
Em Filia, um boato anda circulando sobre a verdade que ocorreu há duzentos anos, quando Othorion, Thedril e Lilana foram dados como traidores e fugiram para En'Sheid. Esse boato fala sobre como Tharee matou Hael, e sobre a história de que ela era irmã de Eresla, segredo esse guardado até aquele momento.
Quando o exército da aliança entre Elfos, humanos e anões chegam em Filia, há um misto de medo e esperança sobre aqueles boatos serem verdade. No entanto, Kalir é recebido com mais esperança do que medo. Ele também se mostra alguém mais amadurecido, que sabe o que quer. Essa sua postura é vista por Dae’thal com bastante orgulho, assim como Fae’lyn.
Encarar Tharee foi um momento tenso para Kalir, mas ele estava cansado de seu pai. O desejo dele era apenas salvar sua mãe e tornar Filia um lugar seguro para as pessoas que ele ama.
Eu diria que o que acontece com Tharee foi bem interessante. Ele é um elfo megalomaníaco, isso com certeza, gosta de teatro e ser o centro das atenções. Ele com certeza não gostou nada de como o fim dele chegou, porque foi por mãos que ninguém esperava. E eu adorei demais quem deu fim a essa história. Não vou contar, você vai ter que descobrir lendo o livro.
“Tenho certeza de que nasci para este momento, para você” (Kalir)
A história não acaba por aí. O trono de Filia agora é de Kalir, por direito. Mas ainda há algumas coisas que não foram respondidas ao longo da saga e começa a se encaixar. Primeiramente, a morte de Aekael é explicada por ela mesma. A maga deixou uma carta para o melhor amigo dela, Te’dril, pedindo para que ele assumisse sua “experiência”. Prevendo que Tharee seria ainda mais perigoso no futuro, a maga planejou dividir a sua alma entre Rieron e o irmão gêmeo dele, Ridon. Algo que Te’dril já suspeitava, mas agora tem a confirmação da verdade. Essa revelação então poderá transformar a vida de Rieron e Ridon, assim como o futuro de Akrobor.
“O jeito calmo e arrependido poderia ser verdadeiro, e ele acreditou em tudo o que ouviu, mas aquele sim era o seu irmão. Provocador, nariz empinado e bastante malicioso.” (Rieron)
Quando eu terminei de ler o epílogo de A Jura do Rei, eu queria que tivesse mais capítulos para ler. Essa foi uma história tão gostosa de ler, cheia de sentimentos e acontecimentos que trouxeram inquietação e divertimento. Os personagens são cativantes, e vão amadurecendo ao longo da história. Eu estou emocionada ainda com tudo o que li, não queria que acabasse, me dá mais!
Também devo parabenizar a autora por todo o capricho com a obra. Desde os mapas que ela mesma desenhou, as artes e divulgações. Também foi ela quem revisou o livro e fez a diagramação. Um trabalho rico e cheio de amor pelo o que faz. A história me marcou, ainda mais porque eu esperei ansiosa pelo lançamento de cada livro, desde que ela começou a escrevê-lo. E, vamos combinar, a autora lançou um livro atrás do outro, de forma independente. É um grande feito! Parabéns.
Ficha técnica:
Livro: Por Uldin (Livro três): A Jura do Rei
Autora: C.M. Rocha
Formato: Ebook
Páginas: 886
Classificação: 16 anos
Lançamento: 01/16/2022
Disponível na loja Amazon
Sinopse:
Com o fim da guerra se aproximando, Fae precisa aceitar o destino grandioso que poderá ter ao lado de Kalir, mas não está preparado para enfrentar. Enquanto Dae, teme desesperadamente o futuro, que carrega a iminente morte de Rieron e uma vida de solidão. A Jura Do Rei traz a conclusão das histórias de Fae’lyn e Dae’thal, que não somente por eles, mas pela paz em toda a ilha, se aliam a figuras inesperadas, precisando tomar a difícil decisão de caminhar para o futuro sem olhar para trás.
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